quarta-feira, 19 de março de 2008

SONETO D’AMIGO


Só me restas tu, meu amigo,
Neste cruzar da madrugada,
P’ra viver da vida o castigo
De sonhar com tudo e não ter nada.

Só me restas tu, meu amigo,
Na teia da amargura e do segredo,
Quando a noite veste o meu destino
Eu sinto-me ninguém e tenho medo.

De ti fica sempre uma canção,
Um verso que o coração soltou
E nunca é tarde;

Ensina-me a ser essa ilusão,
Gaivota já morta que chegou
E nunca parte.


Letra/Música:
António Vicente / Rui Pedro Lucas

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