terça-feira, 11 de março de 2008

SERENATA À NOITE



Sobem vielas estreitas
Pela noite enluarada,
Capas negras, como seitas,
Vão em grupo na calçada;

Seguem lentos, em penumbra,
Figuras algo bizarras,
Nem um rosto se vislumbra,
A bom recato, as guitarras.

Parando junto a um beiral
Ouvem-se acordes trinados,
Como figura central
Um jovem que canta fados;

Como acedendo a seu pranto,
À janela, a sua amada;
Fica presa ao seu encanto,
Sua voz sai mais timbrada.


Letra/Música:
António Dias Lucas / Rui Pedro Lucas

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