quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Dizem de nós... (XI)


(...)
E agora, com os olhos rasos de lágrimas, reconstituo quase sem querer os tantos "pontapés (impedosos) que dei na raposa", representada num único azulejo - basicamente imperceptível ao lado de tantos outros pintados à mão e que embelezavam aquela Faculdade - colocado junto à entrada dos gerais pela Via Latina e que, supersticiosamente, se julgava prodigioso naquelas duras horas ...
-Tudo isto, para já não falar das sempre populares e inolvidáveis Latadas & Queimas, em que, invariavelmente, o "grãozito debaixo da asa" medrava, ao ritmo das malfadadas sebentas, dos "chumbos" e dos anos... Desse tempo guardo, orgulhosamente sós,
A capa de estudante, imunda da lama do velho e saudoso "Parque da Cidade" (palco de tantas noites bem passadas, quiçá, irrepetíveis em virtude da idade...), já carcomida pelos anos em cada um dos seus rasgões;
A pasta com as fitas encarquilhadas, assinadas pelas referidas Personalidades Jurídicas, pelos amigos, família e colegas...
E, por fim, essa intemporal Balada do 5.º Ano Jurídico, acompanhada pela belíssima guitarra de Coimbra!...porquanto ter sido a "banda sonora" do emocionante rasganço que celebrei com a minha grande amiga Joana Fonseca...assim que "sentimos que o tempo acabou.../Primavera de flor adormecida/Qualquer coisa que não volta, que voou.../Que foi um rio, um ar na nossa vida..."

Estas e tantas outras lembranças são o que resta em mim, de Coimbra... Bons tempos, bons demais para arderem incendiados pelo rastilho dos dias breves...
E conto poder dizer um dia aos meus filhos como me diziam a mim: "_Eh estudantada, a festa é vossa!"
Um milhão de FRA's não seriam nunca suficientes para exaltar aquela que, não sendo minha mãe geográfica - a não menos encantadora cidade de Leiria enobrecida por um dos mais bonitos castelos do País! -, soube adoptar-me como filha legítima e será, hoje e sempre, a minha terra de eleição, elevada a Património da Humanidade, a emblemática Lusa Atenas!
Este texto é, pois, para ti cidade-mãe!...
Nunca permita o peso dos anos, a distância, nem a vida, enfim, turvar-te na minha memória ...

Do mais fundo que há em mim,
possa o meu último grito académico ser dedicado a Ti, COIMBRA...
Ahhhhh saudadeeeeeeeeeee!

(texto de inspiração Divina, na doce casa dos pais em Coimbra, 19.04.07, 18:08H)


IN: http://yam-chaa-da-1.blogspot.com/2007/04/acabei-de-fazer-uma-coisa-da-qual-j-me.html

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