Estava frio. Muito frio. Felizmente as nuvens ameaçadoras do fim da tarde não trouxeram chuva, apenas o cheiro a humidade que se entranhava para dentro das capas.
As pessoas começaram a chegar cedo, mesmo antes do teste do som, o que torna este algo desconfortável.
O Largo da Sé mantinha um inexplicável estaleiro, mero repositório de materiais de construção, que apenas serviu de resguardo à mesa de mistura da equipa de som que este ano se comportou a um nível superior ao de outros anos. Vantagem apenas a da lona que cobria o edifício fronteiro à Catedral e que evitou, provavelmente, o reflexo de som com que nos confrontávamos todos os anos.
Hora de começar com a Praça muito cheia, notando-se não só os estudantes de Leiria (e muitos de fora...) mas também muito público anónimo futrica que deixou o conforto do lar para ir ouvir a serenata.
Apesar de tudo, o ruído de fundo foi menor que em outras ocasiões, apesar das serenatas monumentais serem cada vez mais o ponto de encontro para depois se ir festejar para outro lado.
O programa foi orientado para percorrer inicialmente alguns temas tradicionais, e, numa segunda metade, apontado exclusivamente a temas originais inclusos no CD cuja promoção de lançamento está quase a acabar.
Desta vez não estava o João Carlos, mas tudo correu normalmente até meio, altura em que o frio tomou conta de todos, incluindo as vozes dos cantores. A partir daí foi tudo bastante mais penoso, o que se notava também pelas pessoas que iam abandonando o recinto nitidamente enregeladas.
Para os resistentes tudo acabou com a Balada do 5º Ano Jurídico, que sabíamos bastante aguardada, acompanhada e choramingada por alguns rostos já saudosos dos anos que estão a terminar.
Como última nota, a impecável organização, traduzida exclusivamente em simpáticos rostos femininos responsáveis pelo sucesso da primeira noite duma longa semana em Leiria. Também nisto elas estão a tomar as rédeas... E sem que se note qualquer tipo de prejuízo.
Até para o ano, Leiria!
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