terça-feira, 13 de novembro de 2007

Balada da Despedida do 5º Ano Jurídico 88/89 - A Letra, a partitura e o video


Sentes que um tempo acabou
Primavera de flor adormecida,
Qualquer coisa que não volta que voou,
Que foi um rio, um ar, na tua vida.

E levas em ti guardado
O choro de uma balada
Recordações do passado
O bater da velha cabra.

Capa negra de saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo p’rá vida.


Sabes que o desenho do adeus
É fogo que nos queima devagar,
E no lento cerrar dos olhos teus
Fica a esperança de um dia aqui voltar.

E levas em ti guardado
O choro de uma balada
Recordações do passado
O bater da velha cabra.

Capa negra de saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo p’rá vida.


Letra/Música: António Vicente // João Paulo Sousa / Rui Pedro Lucas



Das diversas transcrições de que temos conhecimento, esta é a pauta que mais se aproxima da versão original executada pela Toada Coimbrã. Tem ainda o bónus de vir acompanhada com o acompanhamento de viola e respectivas tablaturas. Para os mais incautos fica o aviso que a mesma é apresentada no "Tom de Coimbra", ou seja, o som real está situado uma segunda abaixo daquele que é apresentado na pauta.






A transcrição é publicada com a amável autorização do seu Autor, o nosso amigo Dr. Manuel Soares, insigne guitarrista de Coimbra, residente e antigo estudante do Porto onde personifica o virtuosismo da execução da Guitarra de Coimbra elevada ao seu máximo expoente. Faz parte, como é mencionado nas pautas, do Grupo de Fados da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, tendo quer pessoal quer colectivamente marcado presença nas últimas Serenatas Académicas realizadas naquela Invicta Cidade. Realiza igualmente, e com regularidade, concertos um pouco por todo o país.
A ele, o nosso agradecimento.

8 comentários:

Norberto disse...

"Que foi um rio, um ar[...]" ou "Que foi um rio, um mar[...]"?

Ao ouvir a música, e também atendendo à frase em si, diria que a segunda hipótese faz mais sentido.
Podem confirmar qual é mesmo a versão oficial da letra?

OMEGA disse...

Meu caro Norberto:
A versão inserta é a correcta. Se pensar melhor, falando nessa parte a letra de coisas que se revelam efémeras, um "ar" é-o muito menos que um "mar", não acha?
Abraço e apareça sempre.

Norberto disse...

Caro Omega,

Muito obrigado pelo esclarecimento.

Adelino Sobral disse...

Caros Amigos eu prefiro "Um Ar"

Cumprimentos
Adelino Camoes Sobral

João Renato disse...

Meus caros,
Eu sou brasileiro, e cheguei aqui após assistir um vídeo no youtube
com essa serenata.
Gostaria de saber o significado da expressão "O bater da velha cabra"?
Abraço,
JR.

OMEGA disse...

Caro Renato:
Seja benvindo.
Pois bem,em Coimbra a Cabra era um sino da Torre da Universidade que tinha como função chamar os estudantes para as aulas. Para os próprios estudantes marcava as horas e a parte desagradável das suas "obrigações". Mas, findo o curso, é uma daquelas memórias que se leva sempre consigo na vida e nunca mais se esquece. É uma recordação que fica para sempre.
Espero ter ajudado a entender o significado desta passagem do poema.
Forte Abraçoi

João Renato disse...

Olá,
Grato pelo esclarecimento.
Demorei para agradecer porque extraviara o vosso "paradeiro virtual".
Abraço,
JR.

Valério Santos disse...

Os sinos da Universidade de Coimbra

-A cabra: que é tangida vespertinamente entre as 18h e as 18.30h anunciando o fim do dia (e as aulas do dia seguinte); e matutinamente das 7.30h às 8h (para lembrar o começo das aulas). (Para os caloiros: fora destas horas não podem ser praxados, excepto quando são apanhados fora de horas por trupes, e aí são trupados);

-O cabrão: que toca para ires para as aulas (é o sino maior e toca às horas todas, aos quartos de hora e às meias horas);

-O balão: só toca em doutoramentos ou ocasiões festivas (não sei se também é este que toca nos funerais).

-Existe ainda um quarto sino.