Jorge Cravo levanta aqui uma questão que já começa a ter barbas.
Mas que é também uma "pescadinha de rabo na boca..." Primeiro, porque se confunde profissionalização com profissionalismo (atente-se, não é o caso do Cravo nem da crónica em questão). Existem entre os grupos de Coimbra belíssimos exemplos de profissionalismo - entenda-se, competência e rigor - sem necessidade de profissionalização dos intérpretes. Por outro lado, sobejam também os ditos "profissionais" (alguns a que não se conhecem outras actividades profissionais) que abastardalhando sucessivamente a Canção de Coimbra na forma e no conteúdo por razões ditas comerciais, se vendem por ainda menos que um prato de lentilhas.
Depois porque é a própria cidade e as suas entidades a criar entraves inimagináveis: esta semana não vamos ter um espectáculo em Coimbra, imagine-se, porque passamos recibos verdes e não facturas. Todas as questões logísticas e de compensação financeira foram acordadas. Problema? A organização queria uma factura (mesmo estando em causa um pagamento imediato e, portanto, contabilisticamente, uma venda a dinheiro) que não podemos passar por não estar constituídos enquanto pessoa colectiva, não aceitando os comuns recibos verdes (com o mesmo valor contabilístico). Ah, só mais um pormenor: a entidade contratante é um departamento da Universidade de Coimbra. Dispensamo-nos de mais qualquer comentário.
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