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segunda-feira, 23 de março de 2009

O Bar 1910 - Tantas noites ali passadas...

E.JM


E.RL
Cremos já termo-nos referido a este espaço em Coimbra que na década de oitenta e noventa era um verdadeiro ex-libris de vivências boémias académicas.
Em bom rigor alguns de nós quase eramos ali "residentes": era rara a noite em que pelo menos um ou dois por lá não passávamos. Na época era o local de Coimbra onde se podia ouvir a Canção académica diariamente, do Fado à guitarrada e à canção de intervenção.
Também por ali passávamos no regresso dos espectáculos que terminavam mais cedo, como será o caso destas duas fotos tiradas na mesma ocasião mas curiosamente pertencentes a espólios diferentes e que datarão do fim de 1989 ou princípios de 1990.
Foi também neste espaço - e nesta mesa, em concreto - que fizemos a festa do lançamento do EP perante uma casa a abarrotar.
Ai que saudades, ai, ai...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Curioso Documento

Interessantíssimo documento que cremos ser da iniciativa do Sr. António Dias Lucas com as reservas na sua vizinhança para a aquisição do EP já falado neste blog.
É uma boa pista para detentores dessa verdadeira raridade, nesta altura.
E recordámos: o disco custava na altura do lançamento 350$00! (€ 1,75) Que saudades...





E.RL

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Lançamento do EP - Diário de Coimbra de 10.04.1990

Apresentação na Figueira da Foz do EP lançado em Abril de 1990 numa notícia do Diário de Coimbra.
A sessão ocorreu no Hotel Universal (que figura em fundo na contracapa). Excluindo o erro do repórter quando às Variações em Lá menor de João Bagão que obviamente não fazem parte daquele trabalho, mas que pelas razões ali mencionadas foram executadas, deixamos aos leitores os comentários sobre o restante conteúdo.

E.RL

terça-feira, 22 de julho de 2008

Fotos da Gravação do EP

Aqui deixamos mais umas fotos recuperadas da gravação do single em finais de 1989 nos Estúdios Musicorde, Campo de Ourique, em Lisboa.


Todos no "aquário", também debutantes nestas andanças. Ou quase, porque alguns de nós já ali havíamos estado aquando da gravação do trabalho da EUC, "Estudantina Passa", um ano antes. Foto tirada contra o vidro a partir da posição de trabalho do nosso técnico e amigo Rui Remígio.


E o que vos dizíamos um dia destes quanto a "pés de gesso"? Aqui, numa fase de "ouvir, melhorar e regravar".
Um pormenor: como pode ver-se, nesta altura ambas as guitarras portuguesas eram já oriundas das mãos de Fernando Meireles.

E já regravando, numa fotografia "trabalhada".


Durante a gravação dos coros onde foi incluído o nosso amigo Francisco Costa.

sexta-feira, 7 de março de 2008

O 21º Aniversário - Uma curta História em imagens

Faz hoje, 7 de Março, 21 anos sobre a fundação do Grupo de Fados de Coimbra Toada Coimbrã. A data é assim considerada por corresponder à primeira apresentação pública do grupo no programa televisivo da RTP, "Com Pés e Cabeça".

Estudo recente feito na preparação do CD de 2007. Já vinte anos depois do início, unidos por uma profunda amizade.



Açores. Ilha de S. Miguel. Momento de descontracção e turismo.




Açores. Porto de Ponta Delgada. Vistámos esta ilha em diversas ocasiões.





Macau, 1996. No Palácio com o Governador Rocha Vieira. Esta digressão incluia dois grupos. Do outro faziam parte os nossos amigos José Alberto Rabaça e Rui Moreira, que também aparecem nesta fotografia.




Japão, 1995. Momento Zen. "Em Roma sê romano..."




Japão 1995. Espectáculo em Hakonne.




Japão, 1995. Jantar de Gala em Hakonne.




Funchal, Madeira, 1991. Átrio do Hotel S. João. Nesse ano visitámos a Pérola do Atlântico por duas vezes.



Gravação do EP em 1990. Estúdios Musicorde, Campo de Ourique, Lisboa. Tão novinhos e com tanto cabelo preto. Na foto vê-se ainda Francisco Costa, grande amigo de longa data que chegou a ser um "7º" elemento, funcionando quase como manager.




Julho de 1989, Rio de Janeiro, Copacabana, Calçadão. Digressão com a AAEUC ao Brasil, S. Paulo, Santos e Rio de Janeiro. Acompanhou-nos nesta digressão Paulo Saraiva, que colaborou esporadicamente com o grupo durante vários anos.

Já com a formação completa, Récita de Quintanistas, finais de Abril de 1989, Colégio de S. Teotónio, em Coimbra. Foi aqui a primeira apresentação pública da Balada da Despedida do 5º Ano Jurídico de 1988/89.



A Toada Coimbrã ainda nos seus primórdios, com os seus três elementos iniciais. Serenata da Recepção ao Caloiro e Tomada da Bastilha do ano de 1988 na Sé Velha de Coimbra.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

EP Toada Coimbrã (1990)

Capa

Contracapa

Rosto e verso do EP "Toada Coimbrã", Duplisom SG 3021, ano de 1990, gravado nos estúdios Musicorde, de Lisboa, em finais de 1989. A fotografia da capa é da própria Serenata Monumental da Queima das Fitas de 1989, reconhecendo-se todos os elementos da formação, e ainda Luís Carlos Santos, Rui Moreira, Rui Silva, José Rabaça, Henrique Ferrão e Luís Alcoforado. O verso apresenta um grande plano do Hotel Universal, da Figueira da Foz, que então patrocinou a edição do EP.
Os elementos da formação Toada Coimbrã encontraram-se na Secção de Fado da AAC. O guitarrista António Vicente tocava viola, compunha e cantava na Estudantina. João Paulo Sousa era membro da Estudantina. Rui Lucas fizera parte do Grupo de Fados da Secção de Fado da AAC em 1985. Os dois executantes de viola, João Carlos Oliveira (sócio da Orquestra Típica e da Estudantina) e Jorge Mira Marques (antigo elemento da Orxestra Pitagórica e das Escolas da Secção de Fado), também andavam ligados a grupos da Secção de Fado da AAC. Os dois guitarristas fizeram a sua formação inicial com Fernando Monteiro, tendo posteriormente transitado para as sessões orientadas por Jorge Gomes nas Escolas da Secção de Fado.
O núcleo original dos Toada constituiu-se em 1987, ano do êxito "Alta Noite na Sé Velha", com António Vicente (g), João Carlos Oliveira (v) e Rui Lucas (voz). Em 1988 esta formação foi alargada com a entrada de João Paulo Sousa (g), Jorge Mira Marques (v) e Alcides Sá Esteves (voz).
A "Balada da Despedida do 5º Ano Jurídico de 1988/89" (Sentes que um tempo acabou), com letra de António Vicente e música de João Paulo Sousa e Rui Lucas, conheceu assinalado palmarés logo na Récita de Quintanistas e na Serenata Monumental da Queima das Fitas de Maio de 1989, tendo sido vocalizada por Rui Lucas e Alcides Esteves. Com ela os dois guitarristas do grupo fizeram a sua despedida, apesar da formação ainda ter marcado presença na Serenata Monumental da Queima das Fitas de 1990 com a "Balada da Despedida do 5º Ano Jurídico de 1989/90" (Hoje acabou uma história que levo para contar...), ano em que se despedia Alcides Sá Esteves, igualmente de Direito.
O grupo Toada Coimbrã obteve alguma notoriedade pública entre 1987-1990, mantendo actividade regular até ao presente, não obstante a dispersão geográfica dos seus elementos. O cantor Rui Lucas foi referido em grande destaque pelo "Jornal de Coimbra", Nº 85, de 10-16 de Maio de 1989, pág. 6, como uma das vedetas da Serenata Monumental da Queima das Fitas desse ano. O tema "Alta Noite na Sé Velha", letra de António Dias Lucas e música de Rui Pedro Lucas, serviu de apresentação ao programa televisivo "Com pés e cabeça", fruto do convite formulado pelo grupo que representava Coimbra. E o êxito tem permanecido, pois em Maio de 2005 foi "Alta Noite..." cantado na Serenata Monumental da Queima das Fitas do Porto.
Além do EP mencionado, os Toada participaram no registo de temas incorporados no LP “Baladas da Despedida dos Anos 80”, Duplisom LP 1.004, ano de 1990, gravaram uma cassete com 12 temas clássicos ("Grupo de Fados de Coimbra Toada Coimbrã", Lisboa, Movieplay, 1992), e deram colaboração ao álbum negro da Secção de Fado da AAC (CD “Coimbra. Baladas, Fados e Guitarradas”, CD-SF 003, ano de 1994), bem como ao CD “Baladas da Despedida. Anos 90. Coimbra”, CD-SF 014, ano de 2002.
Na viragem da década de 80, esta formação divulgou temas inéditos, como um célebre "Ficarei até Morrer" (Gaivotas que o vento Norte não traz), muito trauteado a partir da respectiva divulgação na Sé Velha e marcou presença num programa televisivo dedicado à CC dos anos 80.
Os Toada têm actualmente pronto um trabalho de inéditos (já misturado e masterizado) que inclui os temas anteriormente referidos bem como outros criados pelo grupo entre 1987 e 2003, encontrando-se em estudo a forma e a oportunidade de publicação.
Na época em que os Toada Coimbrã surgiram, os grupos juvenis de CC viviam do mais puro amadorismo. Já não era aquele tempo em que os grupos eram designados pelo nome do guitarrista titular, tipo o grupo do Mansilha, do Chico Menano, do Paredes, do Bagão, do Brojo, do Tuna. Escolher e usar um nome ainda era aceitável. Mas ter um logotipo ou um emblema era considerado crime de lesa pátria. O mais ténue sinal publicitário era impiedosamente fustigado com o labéu da comercialização. A questão do caché gerava irados pudores e intermináveis discussões.
Ao cabo e ao resto os organizadores de festas e de eventos queriam a CC mas não pretendiam pagar o seu devido valor aos grupos juvenis no activo. Havia quem fizesse gala em lembrar as actuações gratuitas de antanho a troco de uma “bucha”. E havia, também, uma ou duas formações dinossauricas que arrebanhavam sempre o quinhão de leão dos convites e actuações. E esses grupos juvenis eram suficientemente ingénuos para não saberem gerir os seus interesses. Neste particular, temos de reconhecer que os Toada Coimbrã fizeram pioneiramente época. Criaram um logotipo promocional estilizado e implementaram campanhas amadoras de divulgação de contactos/endereços num tempo em que ainda não havia internet. Foram invejados e criticados pelas más línguas coimbrinhas, mas se virmos bem, o tempo veio dar-lhes razão.
Para os croniqueiros habituais da pseudo "estória" da CC, em cuja voz e pena não houve grupos juvenis activos nas décadas de 1980/1990 (ou então, até teriam existido, mas não fizeram nada de importante, diz-se), nem produção artística, eis neste EP e na pequena história que o rodeia uma boa prova de como os ditos croniqueiros produzem falsificações da história. Os Toada Coimbrã, tal como outras formações, foram reais. E o EP em questão não pode ser considerado apenas mais um disco entre tantos outros. Além das obras nele gravadas, ele testemunha o derradeiro grito das gravações vinil de 45 rpm da História da CC. Em termos de testemunhos da civilização material e de objectos de arqueologia industrial, este de 1990 fechou um longo ciclo cuja trajectória fora iniciada em 1956 com eps do Coimbra Quintet.

Dr. António Nunes
In: http://guitarradecoimbra.blogspot.com/2006/01/rosto-do-ep-toada-coimbr-1990-rosto-do.html